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Idosos: como evitar solidão em tempos de quarentena

  • 24 de mai. de 2020
  • 3 min de leitura

Grupo de maior risco na pandemia do novo coronavírus (Covid-19), os idosos devem permanecer em casa por recomendação das organizações de saúde, já que, por terem a imunidade comprometida, ficam mais suscetíveis à doença, cujo índice de mortalidade aumenta conforme a idade avança.

Evitar sair às ruas, ir a locais fechados e com aglomerações, como supermercados e shoppings e o contato com outras pessoas, medidas necessárias nesse momento, podem gerar outro problema: a solidão.

Criatividade para ocupar a mente no passar das horas e também o apoio dos familiares estão entre as dicas de quem lida, dia a dia, com saúde mental e terceira idade. “As quarentenas carregam um estigma, porque não são algo que desejamos fazer. Isso pode acarretar ansiedade, raiva e estresse pós-traumático. Por isso, é importante ter calma para evitar histeria coletiva e esclarecer ao idoso que essas medidas são para que a vida dele seja preservada, com o objetivo de interromper a escala de contaminação do vírus, que se propaga facilmente”, orienta o coordenador de saúde mental da SMS, o psicólogo Paulo Muniz.

Fazer trabalhos manuais, aproveitar para ler livros e assistir a filmes, participar de jogos na internet, se distrair com outros assuntos para diminuir a ansiedade e o medo de ser contaminado pelo vírus, e ainda conversar com parentes, amigos e vizinhos por telefone, vídeos-chamada ou redes sociais estão entre as dicas para preservar a segurança dos idosos sem que se sintam mais isolados, enfrentando esse período sob a ótica do cuidado individual e coletivo.

"Essas atividades para ocupar a mente podem auxiliá-los a passar por esse momento de isolamento social de forma mais tranquila, evitando o sentimento de medo e solidão", acrescenta a geriatra e clínica geral, Karen Kiss, também da SMS. Às famílias, ressalta Muniz, “é importante darem atenção redobrada, mesmo à distância, pois é preciso cuidar do idoso que está longe, que precisa de apoio e orientação.

Outra atitude é combinar de fazer compras para essas pessoas, ao invés de deixá-las saírem, telefonar para elas com mais frequência ou fazerem chamadas de vídeo, que amenizam a saudade. É a possibilidade de exercermos a solidariedade em um momento difícil para todos”, afirma o psicólogo.


CONSCIENTIZAÇÃO

A geriatra Karen ainda ressalta a importância de o familiar manter o idoso sem circular em ambiente fora do domicílio desnecessariamente. E, caso o parente não more com ele, quando visitá-lo, deve sempre lavar as mãos antes de iniciar algum contato físico. Se o idoso insistir em sair de casa sem necessidade, Muniz também orienta conscientizá-los com exemplos de pessoas públicas e famosas que contraíram o vírus. “É outra forma de fazê-los compreenderem a situação. É preciso mostrar a eles que é uma doença que não tem classe social e que há grupos de risco mais acentuados”.

Em Santos, os idosos representam 20% da população. São 80.353 pessoas a partir de 60 anos, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o percentual de mortalidade por coronavírus é de cerca de 2% para pessoas entre 50/60 anos; 4% entre 60/70 anos; para os de 70 a 80 anos, 8%, e a partir dos 80, pode chegar até 15%.


DICAS PARA IDOSOS E FAMILIARES ENFRENTAREM O PERÍODO EM CASA

  •  Arejar o ambiente da residência, deixando as janelas abertas

  • Ler livros e revistas. Familiares ou vizinhos podem auxiliar o idoso fornecendo opções de leitura

  • Fazer palavras-cruzadas

  • Escrever o que está sentindo em um papel ou escrever poesias

  •  Assistir a filmes e ouvir músicas.

  • Ver fotos da família.

  • Organizar gavetas de documentos.

  • Cuidar de plantas.

  • Fazer atividades manuais e de artes em casa, como pintura, crochê, costura. Na internet, se a pessoa souber acessar, há tutoriais que ensinam.

  • Na internet, se souber acessar, buscar plataformas de bate-papos ou jogos.

  • Familiares, amigos ou vizinhos podem auxiliar, com paciência, no acesso às tecnologias, como uso de celulares, redes sociais, vídeo-chamadas, entre outros.

  • Familiares e amigos podem manter os laços, aumentando o número de ligações por telefone ou vídeo-chamadas.

  • Vizinhos podem colaborar telefonando ou interfonando para conversar ou perguntar se o idoso precisa de algo.

  • Parentes e vizinhos podem se oferecer para fazer compras no supermercado ou na farmácia.


Para todos os vovôs e vovós

 
 
 

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